Informações Gerais

 

Muitas vezes, a causa da dor é óbvia, como ocorre com uma perna fraturada ou uma contusão. Mas há momentos em que a origem da dor é invisível, por exemplo, um disco intervertebral herniado. Ocasionalmente, é muito difícil encontrar a causa exata da dor de uma pessoa.

Os profissionais de saúde usam termos diferentes para diferentes tipos de dor.

  • A dor de curto prazo é chamada de dor aguda. Um exemplo é um tornozelo torcido.
  • A dor de longo prazo é chamado de dor persistente ou crônica. Dores nas costas ou a dor da artrite são exemplos.
  • A dor que vai e volta é chamada de dor recorrente ou intermitente. A dor de dente pode ser um exemplo.

Muitas dores agudas são como um alarme nos dizendo que algo está errado. Na maioria das vezes é fácil de tratar; outras vezes podem ser um sinal de algo mais sério. Por exemplo, a dor de uma perna quebrada nos obrigará a descansar e mobilizar a perna até que ela se cure. Neste caso a dor estará a nos ajudar, a nos alertar para o problema.

A dor persistente geralmente não serve para nenhum propósito útil. As mensagens do sistema de alerta relacionadas a condições de longo prazo, como ocorre na artrite ou na dor nas costas, não são necessárias – apenas irritantes. Com o tempo, isso pode afetar as atividades da vida diária, a capacidade de trabalhar e os padrões de sono. Pode ter um forte efeito negativo sobre a vida social e com a família, resultando em distanciamento e isolamento.

Os sinais de dor usam a medula espinhal e as fibras nervosas especializadas para viajar até o cérebro. Isso envolve todo o corpo. É mais do que apenas uma rede de fios. Essas fibras também trabalham para processar os sinais de dor. Todos juntos funcionam como um computador muito poderoso.

Às vezes, esse sistema semelhante a um computador pode falhar. As mensagens ficam confusas e o cérebro não consegue entender os sinais corretamente, podendo levar a dor crônica ou persistente, que pode ser muito difícil de tratar.

Parte desse processo está ligada diretamente aos centros emocionais do cérebro. Isso significa que o modo como a pessoa se sente afeta a percepção da dor. Se houver raiva, depressão ou ansiedade, a dor tenderá a ser pior.

O oposto também é verdade. Se a pessoa é positiva e feliz, a dor pode parecer menore com isso poderá ser capaz de lidar melhor.

Isso mostra que a dor nunca está “apenas na mente" ou “apenas no corpo" , é uma mistura complexa que envolve todo o indivíduo e como nosso cérebro interpreta os sinais, essa mistura pode mudar de um dia para o outro.

Às vezes, a dor pode começar muito pequena. Mas os sinais saltam rapidamente pela rede. É como uma multidão em um estrádio de futebol. É preciso apenas uma pessoa para iniciar um canto ou uma música, para muito rapidamente todo o estandio se unir.

Isso é chamado de ‘somação temporal’ e é uma das razões pelas quais a dor crônica não desaparece facilmente. O “canto" pode durar horas, dias ou até anos. Isso pode levar a um problema angustiante a longo prazo, que requer habilidade para o tratamento, tempo e paciência do paciente ao longo do tratamento.

A maneira como um sinal de dor salta ao longo do sistema ocorre através da liberação de um produto químico. Estes são chamados neurotransmissores e mais de cem tipos já foram descobertos. A quantidade de produto químico liberado é extremamente pequena.

Existem “bons” e “maus” neurotransmissores . Os “maus” pioram a dor e os “bons” podem ajudar a bloquear a dor.

Mais uma vez, a maneira como a pessoa se sente e as suas emoções estarão envolvidas no processo de percepção da dor. Ao fazer algo de que gosta ou se exercitando, por exemplo, pode fortalecer os “bons" neurotransmissores e, assim, limitar a dor.

No entanto, se a pessoa estiver deprimida, mal-humorada, sem motivação e sem exercer atividades, fortalecerá os seus neurotransmissores ruins com consequente piora da dor.

Analgésicos e outras medicações também podem fortalecer esses “bons" neurotransmissores.

Muitas das técnicas modernas utilizadas atualmente podem ajudar a entender e tratar melhor a dor.

Atualmente, os profissionais que trabalham com o tratamento da dor percebem que as circunstâncias pessoais fazem uma grande diferença na maneira como ao indivíduo sente dor. Somente a pessoa com dor pode realmente dizer o quanto algo é doloroso. Como resultado, é muito importante o paciente seja ouvido e que trabalhe em parceria com o especialista para que possa melhorar o quadro doloroso.

Isso ainda é um grande desafio. Os pacientes devem ser capazes de explicar sua situação ao profissional de saúde. Eles, por sua vez, precisam entender e ajudá-los da melhor maneira possível.